terça-feira, 13 de maio de 2014

Comendo no mesmo prato. Manoel Neto

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Uma certa vez uma garota escreveu isso em uma texto, sobre uma falsa tia dela, pois ela era falsa, até seu próprio pai era falso, lidava com sua mãe em falsidade, mas dizia assim: sou muito amiga de minha tia fulana, comemos no #mesmoprato.
Na época eu era um prejudicado nessa refeição, eu até passei a odiar a expressão, mas o tempo passou e a dor de barriga também curou, ai conheci uma pessoa, soberba, petulante no passado, mas comigo, ele só chorava lágrimas da cachorrinha, mas o mesmo achava-se ter um nível intelectual maior que o meu.
Assim humilhava eu e minha Amada, dentro do meu próprio carro.
Isso mesmo! Pegava carona comigo para a economia planejada, almoçávamos juntos, só não comíamos no mesmo prato, porque eu não era a favor, mas dividíamos as despesas.
O tempo foi passando e o nível aumentando, o Presbitério veio e eu que filmei, e não notei, pra trás eu acho que fiquei, mas o nome no Jornal da Igreja eu observei.
O mesmo agora ganharia uma Igreja, é! escrevi errado não, o mesmo ganhou uma Igreja, pois não poderia mais chamar ele de amigo, sim de Pastor Manteiga, pois o mesmo tornou-se mais superior do que o Pão que deve ser servido ao Órfão.
Até meu nome o amado não sabia mais chamar, eu por sinal, tinha até medo de não saber me reportar a ele, a refeição do prato azedou.
Os dias de casa de praia acabaram-se, as gargalhadas sisudaram e o homem transformou-se.
O óculos que antes não existia, agora olhava por cima, o mesmo começou a espiritualizar de uma forma que nem saber mais cantar os hinos da harpa, eu não sabia mais, pois eu era desentoado, mas antes como Co-Pr. Pra encobrir sua falta, eu era de orquestra.
Mas preencher o diário da EBD, sempre eu estava errado, minha esposa também passou a ser uma errada, realmente a comida com verdura ficou muito tempo fora da geladeira.
Mas um certo dia, eu cai, e não me sobressai, foi difícil chegar até aqui, muitas vezes fiquei sentado no meio fio, e meu grande amigo passava com sua família (bem estruturada), e me cuspia com um olhar de desprezo.
Momentos foram muitos onde sentávamos lado a lado em assentos da vida, mas agora a palavra misericórdia ficou sem acento, estávamos em lugares opostos.
Muitas vezes ele veio em meu portão cobrar e dizer que tal irmão o tinha procurado reclamando que cheguei pedindo esmola pra manter meu vício.
Mas eu me reconciliei com um Amigo que deixei lá no passado, quando passei a comer manjares de amizades sem futuro.
Esse meu novo Amigo, novamente, junto com minha Família e Famílias que não me privaram de sentar em suas mesas, fizeram com que eu pudesse sentar nas cadeiras, onde sentam os Príncipes.
Falando em Reinado, não como no mesmo prato com eles, mas eles comem primeiro, pra saber se minha comida está envenenada.


Manoel Neto
Teólogo e cronista

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