domingo, 23 de março de 2014

Deserto. Manoel Neto

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I Reis 19
Porque servir a um Deus que não fez curso?
Mas que muda o curso de tudo.
Porque servir a um Deus que não fez curso?
Porque ministra um intensivo em meio a um Deserto.
Mas eu tenho uma resposta:
Resposta essa que todos já conhecem: Deus usa cada um, usa cada um do jeito que quer e do jeito que está.
Paulinho, que espinho é  Esse meu? Espinho que parece uma coroa de palavras a quem estava morto e reviveu depois de três ou mais recaídas.
Usar a quem sabe muito e não sabe nada, O Senhor usa quem sabe em uma área e não sabe em outra, lógico! Perfeito não somos.

Sabe palavras, mas não sabe a tabuada, desvenda coisas que ninguém deveria saber, acompanhamento médico me perguntaram: pra curar a areia na cara de um Deserto onde é uma Escola?
Sirvo a um Deus que sabe minhas deficiências, usa quem sabe onde fica o Livros dos Reis, mas que não sabia que o outro lado da tampa da pomada é pra abrir o lacre. Usa quem tira o dinheiro de um banco e vai a pé deixar em outro.
Sujo suado, resolvi entrar em uma Caverna!!!
Jezabel você quer me matar? Pois sabe o quanto tudo eu já fiz...
Já fiz de tudo um pouco no Monte, mas no Vele estou passando, mas é no vale onde nasce as mas belas Árvores.
Muitos profetas já morreram, mas assim como David, posso te matar gigante e será com tua própria espada.
Portanto não adianta mandar-me mensageiros, porque muitos aqui estao, mas existe um que mensagens de bálsamo me manda e espanta estes que ficam aqui no meu ombro como desenho animado.
deuses que cantam músicas do outro lado da rua, músicas que faziam minhas carnes tremerem  e outro tanto. Mas não adianta, eu me levanto seu moço, você que segura a bolsa quando passo, você que me barra em reuniões que parecem mas um baile, fica aí seu moço me olhando, porque me levantei, porque com vida quero escapar.
Ohhh! deserto novamente?  É percorrido este deserto, aqui vejo as pegadas nos escritos de homens do passado.
Pode durar três dias sem comer e sem dormir, pode ser um dia, mas pode também ser quarenta anos, mas quero viver o hoje não é Almeida? Fica em Berseba seu moço, fica olhando os jumentos ou melhor, a carruagem, mas fogo mesmo é a dor em minhas pernas. O medo da morte é  iminente, quantas vezes embaixo de pilares ou no conforto da cama, sem ânimo pedi a morte, chega, esse câncer é o pior, o câncer que muitos vendem para matar, até mesmo aquele que nunca tinha servido a seus deuses.
Mas como não sou melhor que ninguém e Deus vê que sou só mais um atrevido, durmo!
Levantar-me-ei e comendo já estou de alguém que só conhecia de ouvir falar, mas que agora passei a viver, mesmo barrado no baile, colocado pra dentro apenas por alguns, fico aqui na sombra do zimbro, porque o sol nasce pra todos e a sombra de quem merece.
Mesmo de longe um Anjo me chamou e disse: você tem um Chamado, chegue coma um pãozinho bem novinho.
Tome água homem, porque segundo Paulinho na prisão, É através dela que sois lavado.
Quantas vezes como zumbis encostei-me na cabeceira e olhei la no cantinho do deserto e disse: me leva! Mas a sombra do Onipotente me fez dormir.
Após segunda e várias outras vezes, me levanto e vejo que comprido é o caminho.
Nas cavernas tem morcegos, mas eles não me assustam, pois convivi com setas perniciosas da noite e as que voam ao meio dia.
Sou zeloso Senhor, várias vezes te pergunto porque?
Porque este meu sangue assim? Mas o que vale e o pra que do carmesim de teu sangue derramado.
Tinham tantos profetas do meu lado, muitas vezes levei em minha carruagem para profetizar onde eu estava, mas fiquei só, hoje buscam tirarem minha vida.
Estou exagerando? Acho que não, porque não falam mas comigo entao? Acho que vocês servem a deuses. Vou sair fora, a face do Senhor que vejo é Um céu azul que me faz secar as lágrimas quente de uma caverna fria.
Passa vento; fende a minha mente, mas o Senhor não está nele.
Terremoto; o Senhor também não faz parte disso;
Mas volta àquele fogo em minhas pernas, mas suave é A voz que diz: sei porque estais aqui, mas dentro da caverna não é teu lugar.
VOLTA PARA O CAMINHO.
Ainda é Deserto? E, mas é o Caminho que te quero ungindo os ouvidos de quem quer ouvir ou lê o que tenho pra te fazer passar.


Manoel Neto
Teólogo e cronista

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