Deus disse Eu Sou o que Sou, isto nos mostra que a ontologia é anterior ao seu sistematizador terreno, ou seja, Deus em sua sabedoria demonstra a Moisés o princípio da ontologia, o Ser Divino jamais criado e sim auto-existente é o que é, ou seja, o Ser em sua plenitude.
Não há como negar (apesar de que Nietzsche em parte e Hegel negavam esta ontologia do Ser supremo, alegando sua inexistência temporal, seria Ele anacrônico aos tempos humanos, Deus estaria fora de foco, pois segundo estes não há como existir), Deus é pré-existente e transcendente, superior até a própria ontologia e a metafísica, ele é o Kairós, sua dimensão é kairosfera.
Inimaginável ao pensamento humano, indescritível por qualquer expressão linguística, indimensionável por qualquer medida restritora, é desacrônico, não tem um ciclo de início e fim, não possui tempo de criação e de finalização, não envelhece, não se enruga, não é ferido pelo tempo, não sofre desgaste físico, pois é Espírito, sua transcendência superlativisa sua soberania, sua superioridade, o seu Ser é, foi e será, e quando estivermos em sua dimensão nem foi, nem será, mas sempre é, ou seja, ser enquanto ser se mostrará como o Ser sempre sendo, como se diz no grego, é um aoristo, aliás é superior ao aoristo, pois o aoristo tem começo, o Soberano é auto-existente e não auto-criado, porque ninguém pode criar-se a si mesmo se não já houvesse na existência. Este é Deus!
Érick Freire
Pedagogo e articulista
Excelente artigo, apesar de sua linguagem um "pouco" alta para simples mortais como eu.
Carloman Otaviano
Deus ajeita a eternidade como atributo substancial; nós a deparamos como dom! Este é o grande golfo que não podemos atravessar!