Um mestre, um súdito, dor, tormento, luta e pranto.
Não há o que fazer,
A vida esvaiu-se,
O folego se foi.
O amor que era um dia deixou de ser, a melodia que cantava deixou de ouvir.
A vida se foi, mas que vida?
Vida se foi em um instante. Mesmo que se esperava o inesperado do desesperado, desesperançoso, transepto, tenebroso.
No cruzamento de destinos a vida dá uma guinada brincante e oscilante, leva o sensível a chorar desesperado, do amor que dantes era agora foi refreado, por uma interrupção traumática daquilo que era porque o é já se foi e o virá é incerto, mas ao certo se sabe que o que foi pode voltar para quem acredita no outro lado.
A vida sensível após a morte carnal sobra apenas a esperança de após o juízo final reencontrar o amor perdido que poderia ser carnal, mas agora é irmandade espiritual.
Vida se foi, sensível ela é. Na Terra tudo acaba porque um dia tudo se reinicia não com um retorno a Terra nem do outro lado da vida e sim com a ressurreição daqueles que confessaram em um brado forte o seu amor pelo Mestre dos mestres, Aquele que dividiu a história e quebrou paradigmas de pessoas que acham que a verdade está em condenar os outros mesmo tendo pecados maiores do que o acusado.
Sensível é o mestre de verdade e do seu discípulo faz um amigo e de um amigo um irmão que não fica guardado no lado esquerdo do peito, porque o lado esquerdo vai junto com a terra na hora que os bichos fazem a festa com os restos materiais daquele simples mortal.
Amigo é guardado na história, de lá ninguém apaga e no livro da eternidade estará escrito aquele velho amigo, sensível, companheiro, discípulo ou mestre e que sabe um igual porque todos somos mestres, mas todos somos tolos, porque nem tudo conhecemos, mas há um que tudo conhece e este é o Mestre dos mestres.
Érick Freire
Escritor e pedagogo
segunda-feira, 17 de março de 2014
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