Acordado, temos que levar a Princesa ao Castelo, sobre o cavalo, silêncio total, dia de inverno, mas meus pensamentos são Californianos.
Temente, Tenente, tremendo o tenebroso fermento de um pensamento que dói ao querer dormir.
Portanto vamos lá, um soninho não faz mal a ninguém.
Ai começa, aquele Mico em minhas mãos, me faz levar falta na sala de aula, mas fico na resistência, a dois meses eu penso como seria o alucinógeno.
Mas não quero mais viver espantado, basta o sonho, nem os alternativos querem me conceder uma alternativa de tentativa de uma porta fugitiva.
O amigo de infância me nega carona em seu gipe, mas era uma moto, pois ele estava com capacete.
Acordado fui, são onze e meia, pois não é que era tudo real, O Mico Leão Dourado estava em cima da geladeira, ele olhou pra mim, o apetite faltou, falhou, o sonho não adiantou, o humor piorou, mas o curso me lembrou, aqui não posso ficar.
A sorte agora será a viagem, o zero oito irá me salvar, para que minha vida não entre em um oito.
Levantando penso no inferno, na minha frente o desenho de um Leão Dourado dizendo, dobra, adora, prova, chora, olha, o meu manjar é uma deliciosa viagem, nada de 08, vem a pé mesmo, é bem ali na frente; ao lado uma música diz, o dia parece com inverno, mas o sonho é Califórnia, do outro um Chitão fala de um chororô.
Mas aprendi que legumes é revigorante.
Ahh Mico Leão, te pego hoje, não estou debilitado como aqueles que não sabiam fazer contas, porque os manjares acabam com a mente, mas quem vai te fazer contar sou eu, a dois meses como legumes, mesmo sem gostar, nós não fazemos tudo que gostamos, nem tudo que é bom é lícito.
Hoje revestido estou, me alimentei, tomei um fortificante e vou te colocar na bolsa e vou te soltar bem longe do meu alcance, porque Dourado, eu só quero meus dias.
Manoel Neto
Teólogo e cronista
