Verdade? Ele a tem.
Que coisa? Pensava que saber o não sabido era coisa de gente ignorante, porque diz que sabe tudo, mas não sabe nada.
Pergunta? Sim tenho. No momento da pergunta se suscita a dúvida de quem não sabe o que quer saber. Realidade. inversa. Sabedoria esquecida por aqueles que acham que mandam no saber, do simples gesto de orientar bem o que se sabe fazer não há razão nesta que se faça acontecer a realidade do saber é o saber que se faz esquecer.
Sabido, sabedor, sabedoria, sabor, saborear, esgotar a ideia daqueles que acham que o saber tem um só formato e um só sabor.
Sapiência do ignorante também vale, do aluno é perola, porque saber o que não se sabe é coisa de louco, alienista dos outros que pensam saber e mandam no que se conhece.
Professor sabido? Só os doutores da universidade, consequência de laboratórios pois não viveram o aprender da vida com crianças desprevenidas e desprovidas de pão, do alimento de cada dia e até da sabedoria que deve sobrar no professor que na periferia cuida com amor daqueles que um dia provavelmente nem sequer chegarão aos 30.
Por quê? Porque o professor da universidade federal não ensinou que crianças de periferia e de escola pública sofre de grave desnível por não ter nem o que comer se a escola não der.
Professor universitário. O sabe tudo e não sabe nada, porque na estrada da vida não labutou, laboratório é o seu lugar preferido. Faça isso e faça aquilo tem de ser do meu jeito, arrogância, prepotência, hipocrisia. Preparo? Para vida não. E a panela que se faz é para um grupo de desmiolados que acham que sabem muito porque tem um doutorado.
Doutor desse jeito não quero ser, porque os doutores da vida me ensinam mais a viver que uma universidade capenga que tem narizes empinados de professores imbecis que na ponta do nariz tem uma bitoca de palhaço.
Solução existe? Quando eles acordarem que a vida gira e que o discurso científico fica de lado quando eu vejo um aluno baleado.
Érick Freire
Escritor e pedagogo
