quinta-feira, 10 de abril de 2014

Simplesmente Ayrton. Érick Freire

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Velocidade? Recordes? Arrojo? Intrepidez?
Felicidade, alegria, motivação, luta, objetivo.
Hoje é domingo, nove horas da manhã, liga logo ligeiro legitimamente no canal certo!
"Hoje é dia dele, quero assistir!" Esta era a fala de quase todo brasileiro nos domingos pela manhã.
Motivo? De sobra! Era um tal garoto chamado Ayrton, o melhor, igual a todo brasileiro, era Silva também!

As curvas em S ganharam o seu primeiro sobrenome, o S do Senna. Todo canto tem um, toda cidade diz isso, filho do Brasil, brasileiro de mão cheia, mas não com a brasileirice de brasilizar o jeitinho, mas belicosamente guerreiro aguerrido destemido e audaz no ato de lutar até o fim mesmo que com pouca força!
Cada curva uma forte emoção, ultrapassagens de tirar o fôlego, afogando até os problemas de nossa mente temporariamente, era empolgante, alucinante, anestesiante ver o garoto com tanta intrepidez guiar aqueles carros... Vruummm! Mais uma pole position, simplesmente Ayrton mais uma vez.
Ayrton Senna sai em último e vence a corrida, sensacional!
Ayrton após alguns anos torna-se tricampeão, já não era um simples garoto, agora, um experiente campeão que com carisma se torna o brasileiro com nacionalidade universal, o mais aplaudido dentre os pilotos, o mais altruísta também, no mundo de homens e máquinas e máquinas homens ele era simplesmente Ayrton, demasiadamente humano. O seu coração não era enlatado, era um pensador nas pistas. Suas entrevistas iam além de simples respostas por puro esporte, ele filosofava, ele criava um sentimento de solidariedade nas pessoas, sabia nutrir a alma do próximo.
Brigão, turrão, honesto, sincero, perfeccionista! Com firmeza combatia os desvios da tão corrompida F1!
Recordes e mais recordes, Ayrton passa a ser o ícone e exemplo para muitas crianças e jovens, inclusive eu, mas sua carreira poderia acabar a qualquer instante!
Domingo 1 de maio de 1994, dia do trabalhador, dia do guerreiro. Brasileiros ansiosos pelo tetra, mas tudo havia começado mal, preocupante situação delirante do maior dos pilotos da História.
Agonia, inquietude, desestímulo, medo, mesmo assim teria de correr, precisava vencer e espantar o mal da não pontuação desde o início da temporada.
Não mais que quatro minutos durou, o choro coletivo mundial estava para ser berrado, o cativeiro emocional dos muitos admiradores seria agora ainda maior, estávamos todos sentados no sofá quando chocadamente viu-se um choque após uma curva. O carro parou, o Ayrton também, não mexia. Preocupação, tensão, todos vidrados na TV querendo saber as notícias, e a dada foi a pior de todas "Morre o piloto Ayrton Senna da Silva". Comoção geral, milhares de pessoas para se despedir, um grande cortejo e muitos a chorar, não pelo ídolo, mas por simplesmente Ayrton.


Érick Freire
Escritor e pedagogo

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  1. Perfeito Erick

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