Uma grande hipocrisia se espalha no mundo do politicamente
correto, dizem por aí: "FORA O PRECONCEITO!" Ora, o homem só acabará
com o preconceito se ele também se destruir. O preconceito faz parte da vida do
ser humano.
Faça algumas perguntas a si mesmo:
1) Eu queria ser pai ou mãe de um filho deficiente?
2) Eu gosto de me relacionar com homossexuais?
3) Eu prefiro apertar a mão de um rico a um pobre?
4) Eu escolho está perto de políticos e os apoiar a que está
perto dos meus vizinhos de casa?
5) Eu não falo com aqueles garotos de rua que limpam os
vidros dos carros?
6) Eu evito andar próximo de pessoas mal vestidas ou mal
cheirosas?
7) Eu atendo melhor um rico do que um pobre ou vice e versa?
Se você respondeu sim a uma só das perguntas você é
preconceituoso. A questão principal do problema do preconceito não é discutida.
Querem banir o preconceito do mapa e isso nunca irá existir, mas se com
inteligência estudarem a questão do preconceito saberão que o problema não é
ele em si, mas a prática dele que é chamada de discriminação.
O sentimento horrível que o preconceito causa é a
discriminação, mas ao mesmo tempo o preconceito também ajuda a você se
defender, ter suas próprias ideias e fazer apologia a sua ideologia. Se você
não tiver preconceito não terá cuidado ao andar em certo lugares, não terá medo
de frequentar bairros violentos e quem produz esse medo e esta cautela é o
preconceito. Por exemplo, você ouviu falar que certo bairro é violento, mas
nunca passou por lá. Nunca viu na prática um ato de violência em tal bairro e
aí por causa destes comentários nem quer passar por perto de lá. Você faz isso
porque tem preconceito, pois alguém incutiu em você a cultura do medo e repúdio
a certos bairros e isso é natural do ser humano, ter preconceito.
O que não devemos pregar é que discrimine alguém. Eu por
exemplo sou contra a união homoafetiva, mas se alguém se uniu por força de
justiça e trabalha comigo jamais irei hostilizá-la e se for oportuno direi que
pela Palavra esta pessoa é condenada, mas que não serei eu que darei a sentença,
mas a própria pessoa e Deus outorgam tal fim.
Eu prefiro e casei com uma mulata, minha esposa não é branca
e cá pra nós, a mulher negra é mais bonita que a branca. Minha mãe é branca dos olhos azuis, mas eu não gosto de mulher
branca e isso é um preconceito inerente ao meu gosto e meu ser, minha
ontologia. Mas, não é por isso que deixo de conversar com mulheres brancas, nem
tampouco as discrimino.
O preconceito daquele que diz não ao preconceito é muito
maior dos que praticam o preconceito, porque estes se pudessem exterminariam os
“preconceituosos”, ora, então este deveria praticar o suicídio já que ele tem
preconceito contra o preconceituoso discriminador.
Érick Freire
Pedagogo e escritor