A vida é como uma porta,
Abre-se quando nascemos
Fecha-se quando morremos.
Nascer, viver e morrer...
Tristeza, dor e saudade...
A porta ficou famosa na
inundação
Vovó e tia com baldes tirando a
água
Água que entrou depois da
tempestade
Cai chuva, desce água, inunda a
casa... e no fim é tudo alegria
Saiu na TV.
A porta famosa é rachada e
marrom
A porta famosa abria no anverso
da rua
Nua e crua era uma porta
dura...
Saudade...
Porta enrugada de dias longos
de Sol
Tchau porta...
A reforma te transforma em
parede
Quantos entraram e saíram por
ti
Quantos entraram de cabeça baixa
e saíram felizes a gargalhar
Felicidade da dona Amália e do
seu Argílio
Ó porta famosa.
E quando saia o herói matador
de cobra
“Seu Argílio tem uma Jararaca
ali”
Corre senhor bravo e mata a
cobra e mostra o pau
Seu Argílio não tinha duas
conversas...
Saía com um porrete na mão como
um vilão das cobras
Voltava com o mesmo porrete
depois da vitória
Ó porta famosa,
De tu saiu um grande herói
Ó porta famosa,
De tu saía uma grande rainha
Rainha sem castelo, mas majestosa em elegância:
Maria Amália a Elizabeth II da cidade do Natal.