sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Bulhar. Manoel Neto

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Arengar com meninas, moças, mulheres, sem doses, homem, corpanzil, captopril e não divertiu.
Embaixo da língua sempre há respostas, confusão, só para os santarrões, briga? Só no vocábulo.
Implicar? Êta trem bão demais sô!!! Altercar, pode ser, mas na verdade só da vontade de dizer: arengar.
Arengar ou bulhar?
Contender, deixa pra crente do mundo entender. Controverter é o que estou tentando contigo. Debater parece minha sina. Discutir? Só pessoalmente porque o pedido de desculpas também será pessoal, pois muitos machucam e pedem baixinho. Disputar? Só com as muriçocas que não param de bisbilhotar. Porfiar não! Deixo de arengar então, questionado, é o que leva minha mente a mil. Questionar é o que me levará a derrubar tuas mil teses. Renhir só termina quando o galo canta, mas não me negue no outro dia a tua Paz. Rezingar? Não! Prefiro sempre arengar porque ai consigo rixar com teus conhecimentos sem precisar triscar. No turvar dos meus óculos ficam as preocupações pra saber em que sentido tu estás entendendo. Discursar? Só quando domino o assunto. Discorrer? Não. Só escorrer a lágrima. Muitas vezes arengo com elas. Dissertar para poder acertar. Quero ouvir você dizer que vai orar, mesmo depois de perorar. Não deixe que o pugnar alheio venha nos fazer rusgar. Mas quero sempre arengando, certar, palrear, aporfiar, mas... 
Enfim nunca perder tua amizade, para que possa ajudar a me manter calmo.

Manoel Neto
Teólogo e cronista

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