Nuvens chocam-se, chuva cai, som de trovão, água escorria, frio, medo, tormento, melancolia.
Barulho ensurdecedor? Ensurdecido pelo alto grito de dor de pessoas que gemem embaixo do frio, que se escondem nos viadutos, gotas caem, molham rostos, esfriam corpos quentes pelo chão de barro batido debaixo da ponte.
Aflição, inundação, angústia e sofrimento, é tudo aquilo que sofre quem vive ao relento, quem tem o céu como teto, quem geme de frio enquanto nos aquecemos em nossa cama em um grosso cobertor, alguns até cobertores de lã das mais valiosas ovelhas!
Sofrer? Frio? Lamúrias? Abandono?
Água abundante alagam as ruas mal calçadas, mal saneadas, esgoto esgotado por um lixo empelotado por pelotas poluídas, porcarias entupidas.
Quanta chuva cai, estado de calamidade, submergida em água está a cidade, o telefone não para de tocar é o 193 que todos estão a ligar, "seu bombeiro nos acuda, meu barraco está todo furado e minhas coisas estão descendo pelo ralo do esgoto que está esgotado de tanto lixo empoleirado!"
Calamidade da chuva tempestal, mas essa água de chuva mesmo destruindo muitas famílias não é pior que outro temporal. O temporal da confusão, da intriga e da oposição que destrói famílias e instituição que alimenta seres egoístas que não sabem servir um ao outro empaticamente, mas o sorriso falso mostra até os dentes de um hipócrita corrupto e sem noção que leva a vida sob prognosticação de assuntos futuros como se fosse verdade, mas pior que mãe Diná da chute pra todo lado e engana toda gente!
Temporal, temporã, chuva rápida que destrói tudo, é como uma briga de casal que termina no hospital e quando muito mal, na porta do cemitério pára.
Érick Freire
Escritor e pedagogo
"não é pior que outro temporal. O temporal da confusão, da intriga e da oposição que destrói famílias e instituição que alimenta seres egoístas que não sabem servir um ao outro empaticamente, mas o sorriso falso mostra até os dentes" Só na voadora...Rsrsrsrs