Silêncio eu tentei, sei que calado não sei, calmaria, mas meus nervos parecem está em uma cavalaria, dentro de uma agonia que me deixa na mesma mania, procurar uma palavra, mas só vem pensamentos das antigas.
Músicas antigas, de um fundo musical que castiga.
Sinto vontade, mas sempre esqueço, perguntar ao médico porque este adereço, todos os movimentos parecem o vôo de um morcego.
Mas no balanço da vara e no zunir do vento, bato e caio em uma realidade que não pode sair da estabilidade.
O Psicólogo me repreendeu dizendo: eu gosto! Mas pergunto novamente em meio a esta calmaria: pra que esta escrivaninha? Alguém quer lê sobre a minha falta de calmaria?
Sempre esqueço de perguntar ao profissional: os movimentos rápidos em minha mente desde crianças é normal? todos os movimentos ficam ligeiramente atordoantes.
Calmaria que me desanima, vejo lá fora zumbis que não dormem, em procura de alguma coisa que lhes façam subir.
Sempre ligeiros, olhando pra os pés.
Em uma homenagem idólatra, a um piloto que vive mais do que quando morreu, escutei o coroinha dizer: no dia em que ele morreu, os passarinhos não cantavam, ninguém falava alto.
Hoje eu fiquei a refletir, os passarinhos não estão cantando, até porque a essa hora, eles estão descansando, mas os zumbis andam em meio a esta calmaria e os cachorros não fazem nenhuma armadilha.
Silêncio eu já escrevi, inocente eu também me atrevi, mas tudo que eu sobrevivi, mostra que com música ou sem músicas, com velocidade ou não, zumbis ou cachorros, nada me irá tirar desta calmaria que não me faz bem, mas que pretendo ficar nessa harmonia que vai me levar muito além.
Manoel Neto
Teólogo e cronista
sábado, 17 de maio de 2014
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Belíssima crônica, muito bem escrita e com cadência de cordel. Valeu meu amigo manu, é assim mesmo o caminho está aberto na reviravolta do tempo, escrever crônicas e tornar real em simbologia gráfica o dia a dia é fazer-se pensante e pensador.