domingo, 25 de maio de 2014

A Prisão do Livre Arbítrio. Manoel Neto

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Palavra confusa, confusão é estar em todas as confusões de linguagem. Mas grande confusão, seria sair sem direção, sentar e ouvir uma linda canção, quando na verdade do outro lado do espelho, já iriam leviandar gritando: ele tem livre arbítrio. Mas arbitrária é uma liberdade que na verdade te deixa aprisionar. Filhos precisando ser acorrentados para que o livre arbítrio não deixe o árbitro aplicar um cartão vermelho. Mas as correntes que te iludem a querer uma falsa liberdade, mostra que, bons são os grilhões despedaçados, e mesmo que as correntes sejam de tua mãe, sentirás uma liberdade tal, que nenhuma noite de passeios em areia de praia te revelará. Já escrevi, e a mocinha disse: não entendi! Melhor é uma prisão liberta, do que toda liberdade aprisionada. Não substimo ninguém, nem invento a enganar, ainda sinto o gosto na boca, imagino onde me levaria a água daquela torre, mas voltaria a sentir sede, a moça me oferece água, mas o marido que ela tem, nem ela sabe a procedência, portanto peço, sobretudo a misericórdia de Deus e vejo que mais um dia, venci. Eu sempre citava: todos os dias mato um leão, mas agora descobri que mato o leão hoje, mas o urso já ficou para amanhã. Penso no roubo, nem preciso do gosto, mas o que eu preciso mesmo é sempre ter em mãos a chave da prisão do Livre Arbítrio.

Manoel Neto
Teólogo e cronista
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Sopão ou Parque de Diversão? Manoel Neto.

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Sei não, fico na contravenção, pois quero o sopão, mas sei lá, existem as diversões, posso ir ao parque, mas ficará o sermão em meu Coração. Eu sou Casa, gosto de casa, e quero que Ele habite em mim, Lugar de Deus, lá fora é frio, lá fora é lento, um monte e deserto vazio. Me encho de Alegria, quando descrevo esse deserto, pois não quero que outros o conheça. Um cretino me disse: bom é aprendermos com o erro dos outros, pois é, nisso não quero ser docente. Me sinto indecente, conivente e extremamente amargurado em querer e não poder levar o doce do Nome sobre todos os Nomes, levar o Doce nos enxames onde as picadas são outras. Orgasmo, furúnculo ou parto, não sei o que sinto, sei que impotente me sinto se não conseguir repartir o Pão que um dia não quis comer, pois meu interesse era me submeter. Mas é ai, sopa, pão ou diversão? Prefiro jogar os Pães sobre as águas e assim ir pisando devagar para que não possa afundar e cair novamente em uma rápida diversão. Aprenda, o veneno do escorpião, não faz efeito nele mesmo, mas deve ser bem dolorida, mas é tudo mentira, não queira tocar fogo para vê teu irmão se matar, até porque o escorpião da vez pode ser você, não fará efeito, mas causará dor. A bateria chega a quatro, mas em dois ele morria, passei dos meses que me daria alforria, mas a Medicina de nada me alucina, até porque de nada me ensina. Eu achava que diversões seria meu forte, mas a sopa de legumes me deixa mais perto da morte, vejo aqueles que iludem em pensar que vivo está. Um camarada bonito disse: preferível é o velório, pois a coca cola, pode me levar a não restar tempo pra falar antes da morte me levar. Mas quanto a sopa, pode me render tempo bastante pra falar a todos aqueles que a morte terá que apenas olhar. Nada de maltratar, não vamos expulsar, sim Amar e Pão com sopa entregar, evangelizando e ensinado a Palavra daquele que um dia nós iremos conta prestar, ai teremos de mostrar, quantas diversões eu pratiquei, enquanto eles me olhavam e sobejavam um pão que não sobrou nos cestos. Vamos aos becos e sem olhar com preconceito, Evangelizar os bebados, pois amanhã eles não estarão na diversão é será o próximo a entregar o Pão.

Manoel Neto
Teólogo e cronista
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Desgarrado não. Adotado. Manoel Neto.

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Essa foi a Expressão: Eu fiquei sem movimentação, baixei a cabeça e fiquei em meditação:
O profissional me ensinou, que devo pensar primeiramente em mim, depois na vertente, mas possuímos algo que chamamos de estratégia, como vi que o amor por mim não passava de uma névoa, e sempre havia uma parede de frente a minha testa, passei a amar mais os outros, deixei o egocentrismo, pois foi esse amor orgulhoso que me levou pra o fundo do posso.
Adoção, sempre com educação, o arrancador de toco, lutador de Vale-tudo e rasgador de beca, que me tocou, mas foi em outras vestes, mudado e bem simpático, me mostrou que mais uma chance, mudaria o quadro.
Me chamou no banco e disse: não saia do barco, não como um estranho, sim como um Samaritano, que ao passar pelo doente, fez o que muitos a serviço do senhor não achava conveniente.
Mas esse servo do Senhor, como ele mesmo nomeou, chegou e adotou, aquele que muitos rejeitou.
Não me sinto envergonhado, sou adotado, mas me sinto melhorado, pelos ensinos do nosso Pastor Amado.


Manoel Neto
Teólogo e cronista
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Diálogo: Cristion Vs Áteon. Érick Freire

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Como em todas as tardes Cristion costumava passear pelo jardim botânico dentro do parque natural da cidade. Aproveitava o fim da tarde e início da noite para pensar ao pôr do Sol, refletir sobre a vida, procurar respostas interiores a suas indagações e crises internas.
Na última tarde teria pensado sobre a existência, refletiu sobre por que e como existem as coisas. Como um autêntico cristão tudo em sua mente parte do poder de, como ele pensa, o Autor da existência. Aquele que fez todas as coisas.
Cristion para e começa observar a vegetação daquele belíssimo parque. Ama as flores e passa a mão em algumas sentindo a textura de cada belíssima obra natural de arte. Copos de leite, lírios, margaridas até belíssimas rosas vermelhas. A cada instante além de tocá-las sentia o seu olor. Se emociona pela rica variedade de vida que estava a sua frente. A percepção do seu corpo não era simplesmente química, mas havia uma alquimia entre ele e as plantas como fosse fundir-se a natureza. Cristion é um apaixonado pela vida, pela existência e por seu Criador.
Anda mais um pouco e se permite adentrar entre as árvores após aquele jardim, mas ainda dentro do parque municipal. Para diante de um pau-brasil e começa a observar as fissuras daquele tronco, observa as rugas do caule, as folhas verdinhas. Passa a mão acarinhando aquela grande e forte árvore que tinha pelo menos uns 50 anos. Começou a pensar sobre como ela teria vindo a existência. Quem a teria plantado? Será que quem a plantou ainda esteja a existir? O que é existir? E ficou com esta indagação procurando a resposta na introspecção.
Neste mesmo instante aparece Áteon um amigo de Cristion. Áteon sabe que seu amigo costuma meditar no parque municipal e é nele que também é criado os melhores diálogos entre os dois amigos. Áteon sempre gosta de testar seu amigo com perguntas sagazes e muito desconcertantes. Cristion já está acostumado a isso e trata sempre o seu amigo com respeito e dignidade apesar das diferenças de crença. Enquanto Cristion professa a fé cristã reformada Áteon crer na não crença em algo superior ao ser humano, para ele, crer em algo superior é coisa de quem tem uma mente fraca e que foge da realidade tangível das coisas.
Áteon se aproxima de Cristion e solta a sua primeira logo depois de cumprimentar o amigo:

(Áteon)    - Cristion, como vai amigo?
(Cristion) - Bem.
(Áteon)    - Meditando?
(Cristion) - O que parece?
(Áteon)  - Tenho certeza que vou provocar você.
(Cristion) - Como?
(Áteon)    - Deus não existe!
(Cristion) - Concordo.

Áteon fica sem entender. Sabia até aquele instante que seu amigo era um apologista convicto de sua fé em Deus e no messias e agora concordara com ele que Deus não existe. O que será que houve com ele? (Pensou Áteon)


(Áteon)   - Tu me dizes que concordas? Não és cristão e crês em Deus?
(Cristion)- Áteon, o que é existir? Não seria o existir o ato de ser criado?
(Áteon)   - Sim.
Cristion)- Para um relógio existir precisa que alguém o faça existir. Quem seria este?
(Áteon)   - O relojoeiro?
(Cristion)- Sim. Para que todas as funções do relógio funcionem precisa que o relojoeiro o faça. E para que ele se movimente. Do que precisa?
(Áteon)   - Uma pilha, bateria ou corda.
(Cristion)- Pois bem. E o relojoeiro é maior ou menor que o relógio?
(Áteon)   - Maior, com certeza!
(Cristion)- Então o sapateiro é maior que o sapato, o alfaiate maior que a roupa, o homem é então maior que os objetos que cria. Concorda?
(Áteon)   - Indubitavelmente.
(Cristion)- Podemos dizer então que a criação está sujeita ao criador?
(Áteon)   - Exatamente.
(Cristion)- Agora há um dilema. Para algo existir deve haver algo maior que o objeto existente para que passe a existir e sendo assim é necessário que sempre haja alguém maior que o outro, ou seja, uma criação depende de um criador. E aí é que não entendo. Quem poderá ter criado o homem?
(Áteon)   - O Big bang?
(Cristion)- E o que é o Big bang?
(Áteon)   - Uma explosão de massa concentrada.
(Cristion)- Áteon. Seja-me sincero. Achas que uma explosão cria algo? Qual a explosão vistes ser organizada?
(Áteon)   - Não. Nenhuma.
(Cristion)- Pois bem. Se uma explosão não pode criar, mas destruir. Então o que teria criado o homem?
(Áteon)   - A evolução?
(Cristion)- O que é a evolução?
(Áteon)  - É progresso de uma espécie inferior à uma espécie superior.
(Cristion)- Como algo inferior pode se tornar superior fisicamente? É lógico um ser de uma única célula recorrer-se a evoluir se tornando um ser tão complexo quanto o homem?
(Áteon)   - Creio que não.
(Cristion)- A mente humana é tão complexa que para nutrirmos e criarmos o mais simples pensamento e ideia inúmeras reorganizações e ligações nervosas são feitas. Será que é tão simples evoluir um ser sem se quer um cérebro até chegar a um ser pensante e construtor de ideias como o homem?
(Áteon)   - Pouco provável Cristion.
(Cristion)- Será então que há a possibilidade de haver alguém superior ao homem que o tenha criado?
(Áteon)   - Possibilidade? Mas, você concordou que Deus não existe?
(Cristion)- Isso.
(Áteon)   - Então como resolver este dilema?
(Cristion)- Ora caro Áteon. Concordei que Deus não existe. Mas isso não tirou o direito dEle ter sua ontologia. Ou seja, o seu ser sempre sendo como sempre foi estando. Deus não existir não é o mesmo que Deus não o ser. Concorda?
(Áteon)   - Como assim?
(Cristion)- Para existir precisa-se de uma criação, como já debatemos. Concorda?
(Áteon)   - Claro.
(Cristion)- O caso é que Deus não foi criado, então concluo que Ele não pode existir. Entende?
(Áteon)   - Categoricamente.
(Cristion)- Mas, isso não pode inferir que Ele não o é. Ou seja, não existir não é sinônimo de não ser.
(Áteon)   - Compreendo.
(Cristion)- Então. Deus é supremo ser, por isso, ele sempre foi, é e será. Mas, não existe. Porque quem existe é quem foi criado ou projetado e concluído por alguém superior. Logo Deus é.
(Áteon)  - Mais uma vez consegues ludibriar-me. Quem sabe da próxima convenço-te do ateísmo?
(Cristion)- Quem sabe.


Érick Freire
Pedagogo e escritor
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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Muriçoca. Manoel Neto

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Mosquito, pernilongo, mosquito-prego, muruçoca[2] , muriçoca, carapanã, carapanã-pinima, fincão, fincudo, melga, sovela e bicuda[3] são termos gerais para designar diversos insetos da subordem Nematocera, normalmente dando ênfase para a família Culicidae. Amados, engraçadas e engraçado é esse texto, pois é, também achei, dormindo eu estava, desde semana passada eu tenho esse tema na cabeça, ai fiquei com a indagação: será que devo mesmo escrever sobre a tão perturbadora muriçoca? Ela já me perturba todas as noites e ainda darei prestígio a mesma? Então decidi hoje ao ouvir sobre sonho, que tenho que expor o meu... Moro em uma belíssima casa, pois a mesma é na praia, não precisamos de aquecimento d'água, até porque os canos pegam sol o dia todo, o que já é um motivo de Louvar a Deus, não sofremos com chuvas e inundações. Mas é pequenina e como no texto espanhol, parece uma casa de boneca, mas a noite, até as bonecas se cobrem, pois as muriçocas, parecem mais mariposas, mas de mansas não tem nada, são verdadeiros enxames de abelhas assassinas. Mas deixando a hipérbole de lado, vamos voltar ao rebole de uma coceira que me fez acordar, e uma voz me exortar dizendo: Está vendo ai como é a Vida de um Crente? Mesmo modo acontece quando você toma banho e está frio, nenhuma muriçoca te perturba, assim é quando você está na Igreja e nenhum Glória a Deus dá, é como se você estivesse assistindo televisão, pois elas não te picam com frequência mediante a luz. Mas isso é a unica controvérsia nesse assunto, há uma Luz que você será picado e rasgado em todas as Esferas, é quando você tenta andar mediante a Luz, que é Jesus em tua vida. Quando você sai da luz de televisões pornográficas e entra abaixo de uma Luz que te esquenta mediante o Caminho de uma Palavra, Viva e Eficaz, ai virá aqueles mosquitos que antes estavam todos atacando outros, pois você estava frio. Mas termino deixando uma reflexão e um belo incentivo em tudo isso, é que existe uma vantagem, levando pra o lado Espiritual, depois que você esquentar e todos começarem a te perseguir, você não conseguirá mais dormir.

Manoel Neto
Pernilongo cronista
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Partiu. Manoel Neto.

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Qual seria o título pra algo que não consigo intitular? 
Parece ate que não tenho como fugir, desça tenha medo não!
Partiu, e foi embora meus pensamentos, quando dou por mim, estou no mesmo lugar. 
O que me resta é pedir desculpas a mim mesmo.
Pego essa minha dor e jogo sobre ela todo os tipos de sortes.
É um Amor sincero, mas nem eu mesmo acredito, mente desgovernada em uma estrada que espera achar um pits stop.
Partiu, foi embora sei lá, desculpas. 
Partiu, foi embora, mas só no pensamento, porque não quero mais pedir desculpa pra o mundo inteiro. 
Batido de bateria, viajo nessa canção, parece que não tenho como fugir.
Nãoooooo, uma febre que é um caminho bom, mas sempre odiei a febre.
Só há uma Pedra que é um Caminho Bom...
Desculpar o mundo inteiro ou pedir a ele desculpas? 
Mas eles estão vendo meu dom.
Mais uma vez, mais um dia eu lanço esta dor sobre a sorte, partiu e se libertou, não vou pra rua.
Parece que não tenho como fugir, mas é mentira dele, vou lançar do Pináculo meu dom.
Vou lançar sobre a sorte deste dia todo o Amor que eu escondi. 
Cara, estou chorando aqui, sozinho dentro de um ônibus sem rumo, Partiu, todos descem e eu permaneço, mas quero um dia fazer com que todos permaneçam dentro desta Arca.
O mal cheio é grande, mas quem está fora da Arca morre.
Vou pôr na História o meu dom.
Vou seguir meu Sonho e sobre está dor jogarei uma coisa que aprendo a não ser Sorte, mas sim o Amor Daquele Sincero que me tirou das ruas.
Sem mais, desculpas, o mundo todo me ouvirá falar de um Amor Sincero. 
Me Libertei e estou bem perto de um Amor sincero. 
Sincero!


Manoel Neto
Teólogo e cronista
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terça-feira, 20 de maio de 2014

Amiguirmão. Manoel Neto.

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Interessante o interessado que não te interessa saber pelas perguntas sem interesse pra um que se achava interessante. Era desse jeito que ele chegava me fazendo perguntas e eu não dava a mínima. Achava ele sem graça e que não tinha nada a me oferecer, pois era sem aparência. Assim, eu falo de não parecer ter o que me oferecer, pois eu era um desfavorecido e que não sabia favorecer ninguém. Mas possui a mesma idade, ficou destante por anos, temos filhos parecidos e apreciados por serem de uma mesma época. Apareceu e me estendeu a mão me tirando da lama, me ensinou a falar o Cântico que nosso Pai nos deu, orientou-me como firmaria ou como é ensinado por Papai a não sair de cima da Rocha. Confiou quando todos estavam olhando a queima de fogos, queria ir nas bocas atrás de mim, me deixa vencer discussões quando o meu discurso é disparado em deletar. Me dá uma pausa ou gelo quando acho que ele tem que trabalhar no meu tempo. Fico mui Feliz em ve-lo ou alguém dele. Pensamos quase igual, até porque não somos gemios, mas ele é um gênio, meu atual Professor, pois humilde tento aprender a ser. Gostamos de jogar no gol, pois agarramos oportunidades que talvez ninguém agarraria. Toma as dores por causa de um menino grande querer me bater. Simplesmente como a Palavra fala, de um Amigo, passou a ser meu Irmão. Só tenho a Agradecer não só a ele, mas a Ele que me reapresentou um Amigo que me fez entrar em lugares para conhecer muitos outros.

Manoel Neto
Teólogo e cronista
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Meu pé de jambo-rosa. Érick Freire.

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Dona Tatata tinha maior ciúme e muito cuidado com uma enorme planta que preenchia o seu jardim, na realidade, era uma grande árvore. Com certeza bem velhinha - pelo menos acho - pois era muito grande, enorme. Um pé de jambo-rosa. Aquela árvore era colossal e em épocas e épocas era o centro das atenções. A planta insistia em invadir nosso quintal. Não era ruim, aqueles apetitosos jambos cairiam mais cedo ou mais tarde e faríamos a festa. Criança faz festa com tudo, principalmente frutas das árvores dos vizinhos. Quem nunca tentou pegar nem que seja uma goiaba? Chico Bento e Zé Lelé que o digam!
Rubem Alves tem uma paixão, quase que erótica, pelo Caqui. E eu tenho uma paixão nostálgica e ao mesmo tempo presente pelo jambo. Quando o jambeiro está frondoso as frutas olham para mim e gritam: "Delicie-se, coma-me!" Roxinhas, apetitosas, macias, um azedinho adocicado, edulcorado, dulcificado. Mas o azedo pode ser doce? Claro que não. Mas, o jambo tem a capacidade de mesmo azedo ficar com sabor de mel na boca. É inexplicável.
Mas, não chamei você para este texto para falar do sabor do jambo, mas para aprender com o azedo-doce dele.
Lembro-me que quando criança não gostávamos de pegar jambo em jambeiros noviços porque seus frutos são mais amargos que limões. Não possuem força em seus 'galhotes' para aguentar o fruto amadurecer e se tornar "azedo-doce".
Daí reportei-me a olhar por algum tempo o jambeiro que fica a vanguarda de minha casa.
Enrugado, muito alto, velho, forte, mas ao mesmo tempo sofrido. Daí tirei várias lições para mim e para o leitor.
Na vida do jambeiro há muitas intempéries, pois ele é sujeito ao tempo (calor, frio, chuva e raios solares). Enquanto dormimos no frio ou escapamos das garras dos raios UV dentro de nossas casas o jambeiro anoitece e alvorece exposto a tudo. Morcegos, pássaros fazem morada nele. Usam sua sombra e aconchego para descansar, enquanto o jambeiro não é protegido, sempre está exposto. Sofre diretamente para proteger e alimentar animais que o usam.
Mas, o que vejo em tudo isso? O jambeiro noviço não serve de morada, tem galhos lisos, verdes, produz frutos intragáveis e não alimenta, tampouco dá guarida para quem está em sua volta. Sofre do sol e da lua, mas ainda não se enruga porque é "resistente" e não quer envelhecer. Seus galhos são frágeis, seus frutos não degustáveis.
Do mesmo modo é o jovem e o velho. De longe aparentemente o velho não tem nada para oferecer, mas quando estamos embaixo de suas sombras comemos dos frutos azedo-doces da vida, os frutos da sabedoria, da experiência e do viver. Sua sombra nos assegura conhecimento, seus galhos são fortes e nos enxertam ânimo. Poderia um jovem nos oferecer isso, improvável. Na realidade o jovem pode tentar oferecer uma sombra, mas esta não nos protege completamente porque há horas que ele não sofreu suficientemente para nos aconselhar. Seus frutos parecem com os frutos do jambeiro ancião, mas ao mordê-lo só tem a capa, tem gosto de limão!
Prefiro comer um fruto azedo-doce dos velhos jambeiros a que comer uma cesta de frutos de um jambeiro noviço.

Érick Freire
Escritor e pedagogo
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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Doutrina. Érick Freire

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Certo dia um pastor conhecido e da minha família foi visitar uma igrejinha do interior. Culto de doutrina. Será? Pelo menos era o que o pastor local afirmara, mas o engraçado foi que o pastor visitante esperou, esperou...nada...
19 horas só era música, música e música que se estendeu até às 20 horas! Depois foi mais quarenta minutos para constranger a igreja, aos berros, dizia: "Que absurdo! Vocês não estão dando os dízimos! Tragam o dinheiro para a casa do tesouro!" Gritava o pastor em tom desesperador, parecia estar passando fome e com muita conta da igreja para pagar. Até aí dá para "aguentar", ele estava desesperado mesmo! Depois deu a oportunidade a uma irmanzinha para cantar mais um "louvor", até porque as músicas de hoje estão muito longe de louvor, mas isto é outro caso para outro texto.
Depois da cantoria o pior está por vir, faltando quinze minutos para terminar o culto o pastor diz: "Agora é hora da Palavra". E lê o texto de Esaú e Jacó sobre lentilhas. Parecia que iria falar sobre a desmotivação de Esaú com a primogenitura ou do engano de Jacó, mas não, pasmem os senhores e senhoras, ele foi ensinar como cozer um feijão sem azedar e esse foi mais um dia de doutrina desta igreja... QUE ENSINO! Acho que será convidado para dar aulas na Westminster Theological Seminary.
Ainda há outro "causo" mais recente. Certo pastor de uma igreja local de uma cidade da região metropolitana de Natal/RN foi dar no dia da doutrina um ensino sobre reciclagem, não pensem que é brincadeira, não é reciclagem espiritual é reciclagem de material velho descartado e jogado no lixo. Para um pastor ele é uma ótima dona de casa! Misericórdia!

Érick Freire
Pedagogo e escritor
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sábado, 17 de maio de 2014

Heresia. Érick Freire

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Sabe aquela história inventada sem pé e cabeça?
Sabe aquele comentário que parece verdadeiro, mas é um sofisma?
Sabe aquele que quer parecer que sabe de alguma coisa, mas não sabe de nada. O inocente?
Pois é.
Procura-se um televangelista que saiba mesmo de Bíblia. Conta-se nos dedos!
Fique com raiva quem quiser, mas a história verdadeira é esta:
Certo dia um tal dito como apóstolo e metido a profeta disse: "Crente não é pra usar desodorante rolão!"
Alegava que tinha formato de um órgão genital masculino além de ter um nome sugestivo. Que ideia não?
Indaga que na verdade uma crente enturvecida das ideias pode tentar satisfazer os prazeres eróticos do sexo com o "rolão". Pode uma coisa dessas? A cabeça podre e com turvas ideias é a dele. Não sabe ensinar a Bíblia e fica inventando lorota, criando fábulas e ludibriando gente inocente, incauta. Os cegos cheios de cegueira turvada pelas heresias citadas e espalhadas na cabeça de quem fraqueza de mente tem pela lavagem cerebral caem na lábia de um inconsequente.
Para não ficar só nessa a última foi mais grotesca. O tal apóstolo decidiu atacar outra vez. Como não sabe atacar heresias reais que ele mesmo prega, foi atacar na língua dizendo que a maionese Hellmann's significa homem do inferno. Ele nem fala português direito e quer traduzir alemão pensando que é inglês. Ora tolas, é ora tolas mesmo e não bolas. Porque com tanta tolice me torno intolerante com alguém que não pensa, mas acha que sabe de tudo. Sabe de nada "inocente"!
Inocente? Duvido que seja. Ele quer é ganhar audiência. Quer mostrar para seus súditos que é espiritual e que Deus o revela as "artimanhas do tinhoso" como ele mesmo diz.
Hellmann era o sobrenome do idealizador da maionese mais conhecida do mundo e em alemão é um sobrenome que sua contração cria o termo homem brilhante!
Brilhante, brilhoso, gostoso e saboroso é o paladar de quem experimenta esta maionese que só não ganha da maionese lá da esquina do seu José e da dona Lúcia que vende um sanduíche que desde de 1999 é o lanche extra-casa preferido da minha família.
"Santa" heresia hein Valdemiro?

Érick Freire
Escritor e pedagogo
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Calmaria. Manoel Neto

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Silêncio eu tentei, sei que calado não sei, calmaria, mas meus nervos parecem está em uma cavalaria, dentro de uma agonia que me deixa na mesma mania, procurar uma palavra, mas só vem pensamentos das antigas. 
Músicas antigas, de um fundo musical que castiga.
Sinto vontade, mas sempre esqueço, perguntar ao médico porque este adereço, todos os movimentos parecem o vôo de um morcego. 
Mas no balanço da vara e no zunir do vento, bato e caio em uma realidade que não pode sair da estabilidade.
O Psicólogo me repreendeu dizendo: eu gosto! Mas pergunto novamente em meio a esta calmaria: pra que esta escrivaninha? Alguém quer lê sobre a minha falta de calmaria?
Sempre esqueço de perguntar ao profissional: os movimentos rápidos em minha mente desde crianças é normal? todos os movimentos ficam ligeiramente atordoantes.
Calmaria que me desanima, vejo lá fora zumbis que não dormem, em procura de alguma coisa que lhes façam subir.
Sempre ligeiros, olhando pra os pés.
Em uma homenagem idólatra, a um piloto que vive mais do que quando morreu, escutei o coroinha dizer: no dia em que ele morreu, os passarinhos não cantavam, ninguém falava alto.
Hoje eu fiquei a refletir, os passarinhos não estão cantando, até porque a essa hora, eles estão descansando, mas os zumbis andam em meio a esta calmaria e os cachorros não fazem nenhuma armadilha.
Silêncio eu já escrevi, inocente eu também me atrevi, mas tudo que eu sobrevivi, mostra que com música ou sem músicas, com velocidade ou não, zumbis ou cachorros, nada me irá tirar desta calmaria que não me faz bem, mas que pretendo ficar nessa harmonia que vai me levar muito além.


Manoel Neto
Teólogo e cronista
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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Louvor e Música. Érick Freire

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Antes de falar sobre a relação entre louvor e a música precisamos entender um pouco de filosofia. “O homem é a medida de todas as coisas”.  Afirmou Protágoras, esta ideia ganhou mais força após o advento do racionalismo e por conseguinte alimentou o chamado antropocentrismo, quando descarta Deus do centro das coisas e agora posiciona o homem como o principal agente da história. Não só agente como também construtor da própria ideia de verdade, sendo então relativa, este era um argumento sofista que inclusive era contrário ao pensamento de Sócrates sobre a busca do conceito absoluto de cada objeto em questão.
Esta mudança filosófica que visa contrariar a igreja e os seus ideais medievais vem fomentar um sentimento de egoísmo e etnocentrismo humanos, dando um poder além do que o homem realmente tem. Agora, Deus não faz mais parte do intelecto de alguém realmente racional.
Após o fortalecimento deste pensamento nascem várias ramificações de interpretação filosófica acerca do antropocentrismo. Na igreja cristã, esta filosofia, coloca o homem como centro das atenções de Deus. Alguém que Deus deve servir. É neste contexto que precisamos fazer um paralelo entre a diferença do louvor e música na Bíblia com a musicalidade gospel nos dias atuais. Até que ponto a música gospel é louvor? Como pode se tornar antropocêntrica? Como identificar os erros filosóficos e bíblicos tão comuns nas músicas hodiernas?
Para identificarmos se uma música dita cristã é realmente bíblica precisamos usar alguns parâmetros, o primeiro crivo está em Filipenses 4:8 “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.
Logo, também, Champlin nos dá uma lista de 16 parâmetros com seguintes razões em relação a música como louvor essencialmente bíblica:
1)      Magnifica a Deus (Sl 96)
2)      Glorifica a Deus (Sl 138)
3)      Exalta a excelência de Deus (Sl 148:13)
4)      Engrandece a Deus (Sl 145)
5)      Louva a bondade de Deus (Sl 107:8)
6)      Louva a sua misericórdia (Sl 89:01)
7)      Louva por sua longanimidade e veracidade (Sl 138:02)
8)      Louva a sua salvação (Sl 18:46)
9)      Louva as suas maravilhosas obras (Sl 89:05)
10)  Louva as suas consolações (Sl 42:05)
11)  Louva por sua justiça (Sl 101:01)
12)  Louva por seus conselhos eternos (Sl 16:07)
13)  Pelo seu perdão (Sl 103:1-3)
14)  Por sua proteção (Sl 71:06)
15)  Por seu livramento (Sl 40: 1-3)
16)  Por sua resposta (Sl 28:06)

O problema da música cristã nos dias atuais não é tão novo, começou acerca de mais de duas décadas atrás. Na Bíblia a música era pura e simplesmente utilizada para louvar ao Senhor na congregação, ou seja, nas reuniões que a igreja fazia independente de local (1 Co 14:26). Não havia artistas em turnês de músicas sacras. E este é o problema atual, a música cristã virou mercado, virou meio de vida, por isso a busca pela qualidade não é, em sua maioria, para louvar melhor a Deus, mas para conseguir maior público, aumentar vendas de CD’s e contratos de shows. O mercado evangélico tem crescido assustadoramente, muitos tem se convertido a uma nova religião, mas o seu ideal não está atrelado a busca por Deus, mas as benesses que este deus pode dar, por isso a cultura musical também mudou de rota e de ideal.
Neste bojo então se encontra o erro. A música mudou de figura, travestida de “hino” passou a cantar os desejos humanos, as verdades humanas e a busca pela felicidade humana. Jargões tornaram-se marca registrada nas gravadoras gospel Brasil a fora. Você já ouviu? “Você é vencedor!”, “Você nasceu para ser vitorioso!”, “A vida do crente é só vitória!”, “Você pode o que quiser!”, “Sonhe, não pare de sonhar!”, “Venha buscar seu milagre!”, “Eu quero o meu milagre agora!”, “Resolve o meu problema” e etc. Se você notou estes e outros jargões antropocêntricos fazem parte da maioria das músicas denominadas como cristãs que tocam nas rádios (evangélicas ou não) atualmente. É triste, mas a realidade da música gospel brasileira é uma tragédia bíblica. O vírus do self  e sua exaltação se espalhou em nosso meio de forma dantesca e doentia. A saturação do eu é o maior problema que se impregnou nas letras de autoria cristã evangélica.

Por isso deixo algumas indagações para você refletir acerca da música que você ouve, ama e compartilha. A música gospel que você canta segue estes parâmetros? O centro do louvor é o Senhor? Se não, esta música está fadada ao fracasso espiritual.


Érick Freire
escritor e articulista
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terça-feira, 13 de maio de 2014

Comendo no mesmo prato. Manoel Neto

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Uma certa vez uma garota escreveu isso em uma texto, sobre uma falsa tia dela, pois ela era falsa, até seu próprio pai era falso, lidava com sua mãe em falsidade, mas dizia assim: sou muito amiga de minha tia fulana, comemos no #mesmoprato.
Na época eu era um prejudicado nessa refeição, eu até passei a odiar a expressão, mas o tempo passou e a dor de barriga também curou, ai conheci uma pessoa, soberba, petulante no passado, mas comigo, ele só chorava lágrimas da cachorrinha, mas o mesmo achava-se ter um nível intelectual maior que o meu.
Assim humilhava eu e minha Amada, dentro do meu próprio carro.
Isso mesmo! Pegava carona comigo para a economia planejada, almoçávamos juntos, só não comíamos no mesmo prato, porque eu não era a favor, mas dividíamos as despesas.
O tempo foi passando e o nível aumentando, o Presbitério veio e eu que filmei, e não notei, pra trás eu acho que fiquei, mas o nome no Jornal da Igreja eu observei.
O mesmo agora ganharia uma Igreja, é! escrevi errado não, o mesmo ganhou uma Igreja, pois não poderia mais chamar ele de amigo, sim de Pastor Manteiga, pois o mesmo tornou-se mais superior do que o Pão que deve ser servido ao Órfão.
Até meu nome o amado não sabia mais chamar, eu por sinal, tinha até medo de não saber me reportar a ele, a refeição do prato azedou.
Os dias de casa de praia acabaram-se, as gargalhadas sisudaram e o homem transformou-se.
O óculos que antes não existia, agora olhava por cima, o mesmo começou a espiritualizar de uma forma que nem saber mais cantar os hinos da harpa, eu não sabia mais, pois eu era desentoado, mas antes como Co-Pr. Pra encobrir sua falta, eu era de orquestra.
Mas preencher o diário da EBD, sempre eu estava errado, minha esposa também passou a ser uma errada, realmente a comida com verdura ficou muito tempo fora da geladeira.
Mas um certo dia, eu cai, e não me sobressai, foi difícil chegar até aqui, muitas vezes fiquei sentado no meio fio, e meu grande amigo passava com sua família (bem estruturada), e me cuspia com um olhar de desprezo.
Momentos foram muitos onde sentávamos lado a lado em assentos da vida, mas agora a palavra misericórdia ficou sem acento, estávamos em lugares opostos.
Muitas vezes ele veio em meu portão cobrar e dizer que tal irmão o tinha procurado reclamando que cheguei pedindo esmola pra manter meu vício.
Mas eu me reconciliei com um Amigo que deixei lá no passado, quando passei a comer manjares de amizades sem futuro.
Esse meu novo Amigo, novamente, junto com minha Família e Famílias que não me privaram de sentar em suas mesas, fizeram com que eu pudesse sentar nas cadeiras, onde sentam os Príncipes.
Falando em Reinado, não como no mesmo prato com eles, mas eles comem primeiro, pra saber se minha comida está envenenada.


Manoel Neto
Teólogo e cronista
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Fatia do bolo. Manoel Neto

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Voltando a vida real, saímos de cena, saímos do meio das fumaças, garanto que hoje, agora, não estou sabendo o que escrever, pois na verdade, o que estou sentindo, não sei descrever. 
Ouço muito as pessoas falarem, o bolo é grande e dá pra todo mundo, mas o que quero aqui ressaltar não é o tempo, ou é? Pode ser, porque são frações de segundos, são frações de emoções, pra quem você daria a primeira fatia? Pra sua tia? Imagina! Acho que você gostaria de adoçar primeiro sua própria língua.
Mas sua tia correu, intrometeu e tudo aconteceu, muito foi o trabalho que outra tia forneceu, mas o tio não reconheceu, que a muito tempo ficou no porta retrato de quem não compareceu.
A fatia de bolo foi mordida em fração de segundos, que alegria! A alegria foi mordida do rosto.
Percebo que nem a fumaça da velinha havia sumido e meu dia foi sucumbido.
Omitido foi no rosto, mas não para todos.
Realmente eu sou apenas um titio que tento seguir meus princípios.
Acho que eu fiquei pra o titio.
Foi meu primeiro aniversário que precisei ser sábio e não transparecer a fatia de um sádico.
Mas vou tentar absorver em minha mente que não preciso entrar no rolo e sofrer por uma fatia de bolo.
Portanto continuo digitando e acreditando que um dia estarei me apresentando e degustando de um bolo que ainda está e confeitando, e já estou pensando quem estará esperando com a mão abanando.
Pra quem você daria a primeira fatia?
Eu darei pra você que ainda continua não me amando.


Manoel Neto
Teólogo e cronista
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Ministério. Manoel Neto

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Costumo dizer sempre: bom é você olhar pra uma pessoa com seus olhos, não com os olhos dos outros, pois existem pessoas que não procuram te conhecer bem. Sim, julgam-te pelo olhar de outrem. Em meio a uma discussão boba, onde por dá corda a quem me olha com os olhos dos outros, estava errado! Fiquei errado e terminei por errado.
Portanto surgiu uma pergunta: o que é Ministério? 
Ministério a alguns anos atrás pra mim era:
Possuir dez Bíblias, entre elas uma Thompson, possuir conhecimento e assim fazer um curso de Teologia, Ministério era ensinar crianças e procurar ser o melhor professor, depois galgar algo maior, passando assim a ensinar novos convertidos.
Ai faço outra pergunta: pra que evangelizar e ensinar com uma mão, se você expulsa com a outra? Mas enfim, vamos lá, ser do ministério é ser secretário, depois líder de discipulado, setor e congregação, o importante é aparecer. Mas não é o suficiente, precisamos ser chefe, precisamos mandar, as mãos e pensamentos estão rápidos. Doenças, doentes e domínio.
Ministério agora é procurar amizades e partir pra o co-pastoreio.
Mas só co-pastor não serve, tenho que ser diretor.
Mas muitas eram as juntas de bois e jumentos, muitos eram os haveres, sabe onde termina o EU.
O eu termina e terminei com um caco de telha coçando as feridas de um ministério cheio de imundície.
Sabe onde termina um ministério de querer sujar o próximo de lama? Termina sujo de salmoura de um balde cheio de vísceras de peixe.
Mas um Ministério!
É onde aprendemos que o meu irmão erra, ele é falho, é cheio de problemas como eu, preciso conversar e saber que somos pequenos.
Não somos nada, somos pequenos, somos pó.
Ministrar é orar pelos que vos persegue, não precisa perseguir conceitos e bajulações.
Hoje aprendi que triste estou e triste irei permanecer enquanto vida eu tiver e assim viver sem fazer a diferença em um ministério que não é esse o Mistério do Ministério que Deus quer que eu Ministre.


Manoel Neto
Teólogo e cronista
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X-Man. Manoel Neto

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O vinte e quatro me persegue, pois servi a Marinha e meu número era duzentos vinte e quatro, minha filha nasceu no dia 24, e no mês quatro.
Meus documentos possuem o número vinte e quatro, pra completar fiz enfermagem e continuo na área biomédica, também em uma certa época eu sabia cortar as pontas dos cabelos e etc...
Mas porque as numerologia? Porque no pensamento machista, eu estaria enquadrado entre os homossexuais.
Pois é, não sou!
Tenho uma vida pregressa onde não caberiam as logomarcas, sou bem casado, como já escrevi, pai de Crianças e bem realizado.
Mas sou tratado como Mutante!
Pois também fiz parte de uma pequena minoria, assim como os homossexuais, eu sofro com olhares dos marginais.
Sou integrante de uma massa que os demais amassam, pouco são os evangelizados, ah você agora está fazendo apologia? Não, acho que apologética, pois os índices são alarmantes de uma minoria que sofre enquanto uma maioria regozijam-se enquanto tentam expulsar os que conseguiram salvar-se.
Mas quem são os integrantes do X-Man? Primeiramente os Wolverines: são aqueles com as garras que machucam quando abraçamos, pois não queriam abraçar.
Ciclope: pois os olhos deles são poderosos, mas pra olhar a vida dos outros.
Tem aquele sempre com uma carta na manga.
Aquela que se teletransporta, pois todo mundo Não presta, mas ela é invisível na vida.
Também temos aquele nosso irmão que é um colosso de tão forte, mas enfraquece a vida dos mutantes, pois é do contra tudo.
Por último e sem delongas, vem aquela ventania e tempestade.
Depois de muitos anos de edições, aparecem outros com superpoderes que não conseguem nunca vencer o vilão.
Não levanta seu professor da cadeira de rodas e depois de tanta busca, não consegue ultrapassar o capacete do maior inimigo, pois não conseguem discernir os pensamentos de um inimigo que vem desde o caos.
Mas nós, mesmo sendo perseguidos, humilhados e sofrendo por palavras de criptonita que não é do nosso quadrinho, mas que são usados pelo maligno, sabemos da Vitória no final, porque servimos a um Professor que não está sentado em cadeira de rodas, mas que levanta quem sentado está.
Ele não é Xavier, mas possui a chave que abriu as correntes, imposta por qualquer inimigo.
Portanto já que estamos em um mundo onde todos estamos misturados, vamos tentar observar melhor quem realmente é multante ou Militante.
Não vamos fazer conforme o novo filme dos X-Man, não vamos precisar voltar no passado pra saber o que fazíamos e sim usar os poderes que possuímos e tentar salvar não nos quadrinhos, sim um quadrado chamado janela 10X40, que não são mutantes e sim um montante.
 

Manoel Neto
Teólogo e cronista
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O campo do curral. Érick Freire

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Nunca fui muito bom de bola, de atacante era ruim, de meio campo apagado, de zagueiro era um desastre. Mas, uma posição que me deixava quase confortável era a de goleiro. Tinha um bom reflexo e tinha coragem de defender atacando os atacantes da equipe adversária.
Quando era criança, não havia campos de futebol no nosso bairro, na realidade sempre jogamos no improviso. Um espaço de areia era suficiente para colocarmos duas pequenas traves e passarmos o dia inteiro jogando futebol, brincadeira de criança, brincadeira de brasileiro. Alguns por aí costumam dizer que o brasileiro não leva uma tapinha no bumbum para chorar quando nasce, mas uma bolada. Brincadeira de mal gosto essa. Não?
Mas, existia um campo, o único nas redondezas. Não era bem um campo, na realidade era um curral que tinha um espaço plano embaixo de árvores: cajueiros e mangueiras. O campo do curral.
- Pessoal, amanhã a gente vai enfrentar o time do curral, Guará Vs Curral – Gritava Emanuel meu irmão que era um tarado por futebol.
Guará (resumo do nome da nossa rua Guaraciaba do norte) contra o time do curral era uma festa e rivalidade ao mesmo tempo.

Em um destes jogos eu era o goleiro. Começamos ganhando por 0 x 3. Eu pegava tudo. Até rabo de vento não passava. Lembro ainda a marca da bola (Mikasa). Aquela bola branca com marcas azuis estava me dando sorte. Eles chutavam rasteiro e eu pegava. Chutavam alto e como um gato metia para fora. Batiam no meio e encaixava até que o atacante deles após chutar três vezes seguidas e eu defender e encaixar a bola me chutou a mão e quebrou 3 dedos da mãos esquerda. A consequência? Perdemos de 8 x 3 de virada. Engessei a mão e a bola Mikasa furou e o campo do curral virou o colégio mundial.

Érick Freire
Pedagogo e escritor
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O azulejo da vovó. Érick Freire

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Sabe. Se houver uma casa que não deveria ser reformada era a casa da vovó. Nela tem muita história. Filhos e netos convivem lá. Imagens e marcas ficam na mente de cada um destes. Cada espaço da casa traz muitas recordações. A varanda das festas de fim de ano. Os encontros de família no quintal (assim que chamamos o jardim da casa). Histórias e lembranças de brincadeiras entre os primos. A casa da vovó é um grande monumento histórico para as famílias que possuem vínculos afetivos.
Meu avô Argílio deixou muitas lembranças no quartinho que era a sua bodega, saudades Maria mole, saudades suspiros, saudades de outrora daquele cheirinho da bodega e do pão doce, das guloseimas infantis, dos salgadinhos artesanais. Cheetos nem passava de longe, nem sabíamos o que era! Pipoca industrializada? Só a pipoca Boku’s.
A noite quando quase todos os primos estavam na casa da vovó, a bodega ficava escura e lá brincávamos de esconde-esconde, mas também aproveitávamos para ‘bater’ um no outro, briga de criança. Eva era a mais briguenta, birrenta e doida por uma barracada. Batia em todo mundo e, como tínhamos sido ensinados que homem não bate em mulher, saiamos todos apanhados.
A casa da vovó traz muitas recordações, por isso, quando chego nela. Após notar que estou envelhecendo e que já são os bisnetos que vão fazer a festa lá fico triste, nostálgico, com saudade de criança. Sinto falta daquela casa antiga que não existe mais, do azulejo da vovó no banheiro. Ainda sinto o cheiro daquele banheiro muito bem cuidado com azulejos amarelos lavrados bem limpinhos. Mas, só na memória ficaram porque fizeram o favor de tentar apagar a memória, neste ano passaram uma borracha de cerâmica branca no azulejo amarelo. Até o interruptor não é mais o mesmo. Aquele que agente insistia e ele não queria apagar, bem amarelinho.
Saudades de outrora, do azulejo da vovó, do banheiro antigo, da sala aconchegante, da bodega do vovô, da sala da TV que assistíamos todos os dias os desenhos animados, 14 polegadas de muita alegria, seletor sempre virado no canal 11, porque o resto não pegava direito. Assistia a XUXA esperando ver o batman, o super-homem, He-man, Popeye, Mulher maravilha, comandos em ação, pica pau, pato Donald, ducktales, Mickey, Tom & Jerry, Thunder cats e tantos outros.

Saudades daquele tempo de criança, saudade do tempo ingênuo, saudade do tempo do azulejo amarelo da vovó.

Érick Freire
Pedagogo e escritor
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