O silêncio desta praia me
assusta, mas me ajusta, fico na escuta de um galo que canta a música daqueles
que não se assustam.
O susto vem das vossas mentes, ficam assustados por
algo que fazem desajustados.
Calma, atrás da porta não há nada, não adianta
olhar pela janela, pois o suor escorre pela testa, é o flagra de que você não
estava correndo para estar suando.
Mas o que soa mesmo é as ondas que vai e vem, me
deixando bem, que estou bem em entender que não posso deixar de enaltecer quem
as criou em tempos muito além.
Ponte iluminada, com barulho de carros que não dão
em nada, faróis que iluminam as partes onde as fiações foram roubadas, mas
roubada mesmo, são as vidas que estão metidos em roubadas, embaixo dela, em
terrenos que não possuem lombadas.
Mas o que me deixa mais tranquilo, é que procuro
aquilo que meus olhos ainda não enxergam, mas Aquele que trabalha no silêncio
desta noite, me faz saber que seus olhos estão sobre batalha.
Manoel Neto
Teólogo e Cronista
Teólogo e Cronista