quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Olhos. Manoel Neto

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O silêncio desta praia me assusta, mas me ajusta, fico na escuta de um galo que canta a música daqueles que não se assustam. 
O susto vem das vossas mentes, ficam assustados por algo que fazem desajustados.
Calma, atrás da porta não há nada, não adianta olhar pela janela, pois o suor escorre pela testa, é o flagra de que você não estava correndo para estar suando. 
Mas o que soa mesmo é as ondas que vai e vem, me deixando bem, que estou bem em entender que não posso deixar de enaltecer quem as criou em tempos muito além. 
Ponte iluminada, com barulho de carros que não dão em nada, faróis que iluminam as partes onde as fiações foram roubadas, mas roubada mesmo, são as vidas que estão metidos em roubadas, embaixo dela, em terrenos que não possuem lombadas. 
Mas o que me deixa mais tranquilo, é que procuro aquilo que meus olhos ainda não enxergam, mas Aquele que trabalha no silêncio desta noite, me faz saber que seus olhos estão sobre batalha.


Manoel Neto
Teólogo e Cronista

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