quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PERMANÊNCIA E DITADURA. Érick Freire

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Dura mole moleza da dureza do doente por dinheiro do poder subordinador.
Que vida é essa?
Dura vida de pobre que se contenta com migalhas das mesas daqueles que o humilham para ter seu rabo preso no pé da mesa de pão.
Velha vida, dura de se viver, pior ainda é olhar para o horizonte e sentir paz mesmo sabendo que enganando a muitos está com discurso oco de amor e união, mas na realidade está duramente permanente no mesmo lugar do poder cruzado e real da realização e busca por alocação do poder próprio.
Permanência?
Vários anos mandando, duramente ditando que a rapadura é dura demais para encher a barriga então troca por um sacolão de uma bolsa alienação, coitado o marasmo de comer pouco cega sua vista, sair do resto do lixo para o mercado é legal, por isso, é dura, mas amo a ditadura.
Fuga?
Alguns dizem para Europa vou, outros retrocedem dizendo "Quero ser um kamikazi" explodir o palácio e começar tudo outra vez.
Cuba está logo aí a frente na próxima esquina do tempo. Que loucura?! E lugar se chega no tempo ou em metros? Sei lá. Só sei que a coisa tá tão dura que a ditadura de Cuba está logo na próxima esquina do tempo. Ela vem logo aí e depois a gente vê que o tempo passou e quem deve lutar é quem menos culpa tem e toda culpa tem pela omissão de falar a verdade!
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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Uma coisa. Érick Freire.

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Dizer que se é legal, se é um ser em metamorfose, um ser liberal é a voga de agora. É interessante como ressoa impessoal a opinião porque é camuflada pelo poder de os outros mudarem os conceitos mais certos como alterações incertas de valores redundantes que fogem do nosso alcance possível pelo entender de algo intangível do poder de ter a ideia comercializada porque a ideia da moda ela é a mais aceita.
Quem dera uma coisa que fosse valer, a volta do passado que se vivia o tempo pelo tempo inexistente do poder consciente da inconsciência. Poderia dizer eu alguns dias atrás que família se faz com um mais um que formam três, quatro ou cinco, mas agora o um mais um é igual a zero porque não se soma nem se multiplica, se vive junto por viver por uma fantasia falaciosa de não procriação da raça porque já somos muitos, mas se assim viver não seremos nenhum.
Uma coisa é dizer que se é feliz do jeito que se quer hedonismo alienante do poder da ideia flutuante de redes redondas e imagens faladas de um cubo mentiroso que ludibria e comuniza o incomum ao normal e natural. Desnatural é dizer que dois passarinhos andam juntos e podem morar dentro de uma oca que não é feita para se morar, mas para mandar para fora todo o mal que por acaso entrou.
Difícil. Difícil é dizer a criança pequena que o mundo mudou mesmo a natureza sendo a mesma, a mente mudou, a franga está solta e deu a louca na cabeça de todo mundo, ninguém pensa, mas reproduz uma ideia louca descabida do um mais um é igual a zero, mas continuo pensando que um mais um é igual a dois, três, quatro, cinco ou seis, mas nunca será zero.

Érick Freire
Pedagogo e escritor
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Alfinetando o casamento. Érick Freire

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Há uma preocupação que me consome e embarga a percepção de muitas pessoas, até porque de uns dias para cá foi criada uma falácia escabrosa acerca de um determinado tema que é doutrina básica para inúmeras instituições religiosas e segmentos sociais tradicionais. Quando falo tradicional não me refiro a arcaico, mas a fundamentalista, diferente do que muitos pensam o fundamentalismo não é a ideia de rejeição ou discriminação do outro em detrimento a doutrina e/ou a crença, mas a fundamentação racional de uma determinada ideologia, não falo do fundamentalismo religioso extremista e sim do fundamentalismo embasado na razão mínima seja ela convencional ou cientificista.
Alguns por aí espalham que o casamento é uma instituição criada pela igreja católica e muitos meios de comunicação de massa compraram esta ideia e a puseram como verdade absoluta, mas um estudo primário da história acabará com esta ideia descabida criada por grupos que insistem em legalizar o casamento homoafetivo. Quero deixar bem claro que cada um escolhe a vida que quer, mas distorcer e desfazer a ideia do casamento como foi criado é no mínimo afrontar a origem do casamento como ele deve ser.
A instituição do casamento foi feita antes da criação e formação de qualquer povo organizado socialmente. Digo isto porque alguns dizem por aí que a relação de casamento nos dias gregos de glória era união entre homens do mesmo sexo e as mulheres serviam simplesmente para procriação. Discordo completamente, o próprio Sócrates tinha uma relação conjugal de intimidade com sua esposa e em nenhum comentário histórico falasse de uma relação homossexual deste com outro homem como também dos homens de sua época. Vemos relatos destes tipos de práticas só entre os “poderosos” e mesmo assim muitos destes comentários são de períodos posteriores ressoando mais como fofoca do que propriamente como história.
A instituição do casamento se deu no Éden, e este é o registro mais antigo sobre uma relação de união que é confirmada pelo próprio Cristo em Marcos (10: 6-9): “Mas no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’. ‘Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe".
Estranho não? Ora Jesus cita um texto que é tradicionalmente aceito como escrito por Moisés, ou seja, pelo menos 18 séculos antes da vinda de Jesus na terra, mesmo usando a data dada pela crítica literária que atribui a compiladores do século X ou IX a.C. ainda assim a noção do casamento como instituição entre homem e mulher é mais antiga do que se tem falado por aí, ou seja, a noção de casamento entre um homem e uma mulher é bem mais antiga que o casamento católico romano. E o padrão citado por Jesus é “Homem e mulher” ou “Adão e Eva”.
Vamos andar um pouco mais na história. Os relatos bíblicos por todos historiadores e críticos, sejam eles ateus ou teístas, são considerados pelo menos culturais e isso quer dizer que a ideia de casamento é expressa na cultura judaica ulteriormente a cultura grega e/ou romana.
Casamento como instituição nunca será, historicamente falando, uma criação de uma religião com cerca de dois mil anos ou menos. Se adentrarmos a cultura judaica veremos inclusive um padrão de casamento bem mais complexo que o casamento ocidental. Leia o artigo O jugo desigual que trata do casamento de 3 mil anos atrás que era praticado pelos judeus.
Outra questão que afirmam é que a igreja católica foi quem fez da noiva uma mulher, mas vamos ver um texto que o profeta Jeremias escreveu há mais de 2.500 anos atrás e um que João escreve na ilha de Patmos por volta de 90 d.C. do texto do livro depois chamado de Apocalipse “Será que uma jovem se esquece das suas joias, ou uma noiva, de seus enfeites nupciais? Contudo, o meu povo esqueceu-se de mim, por dias sem fim”. (Jeremias 2:32) “Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido”. (Apocalipse 21:02) o ataviamento da noiva é previsto na Bíblia antes da institucionalização feita pela igreja católica e este é a uma mulher (a noiva) que espera um homem (o marido).
Enfim, se formos discorrer sobre o casamento e sua origem sempre iremos cair em um único conceito de família nuclear composta por pai, mãe e filhos, o mesmo defendido por Freud. Para os pseudo-intelectuais que afirmam que o casamento é distorcido pelo catolicismo romano, perdoe-me, mas se for historiador precisa passar pela graduação de história outra vez, mas se ainda assim quiser insistir que isso respalda o casamento homo-afetivo erra redundantemente, pois se o casamento quando foi criado foi para homem e mulher se unirem porque agora querem mexer? Qual intuito? Por que reclamam do casamento católico e querem por via de força casar nesta mesma cultura? Por que afrontar? Para que casar-se de véu, grinalda e branco. Não é por acaso isto um padrão católico-romano? Façam-me o favor, deixem de balela e digam a verdade. O que vocês querem é tumultuar, nos chamam de preconceituosos e que no fim de tudo querem nos imitar distorcendo o padrão cristão para o casamento.

Érick Freire
Pedagogo e escritor
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domingo, 7 de setembro de 2014

A maritaca mentirosa. Érick Freire

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Certo dia numa casa não muito distante da sua, uma maritaca esperta gostava de contar muitas vantagens. Segundo ela, sua vida foi cheia de aventuras no passado, inclusive participando de várias revoltas de maritacas da ilha encantada de Heuchler. Lá também, a maritaca conhecida hoje como Didi, organizou uma associação de guerrilha das maritacas. Sequestrou vários oficiais da ilha de Heuchler, até fez negociação com ministros aviários de várias florestas e ilhas.
Outra história que ela não cansava de contar a todos que entravam nas portas da casa que agora estava como prisioneira, era a Revolta da pena verde amarela, quando ela fez caminhada em favor de todos os animais da pena verde amarela que estavam sendo castigados pelo presidente das aves silvestres por terem ido protestar na rua fazendo greve do psitacídeo. Com isso ela ergueu a primeira frente de libertação das maritacas (PFLM) defendendo a ideia de igualdade entre a população silvestre.
Segundo a maritaca Didi, ela só se sentiu liberta completamente ao ler livros de Marx, principalmente "O capital".
Porém, segundo a Maritaca mentirosa o maior feito dela foi ter integrado o movimento democrático aviário (MDA) e ter ajudado a um papagaio muito popular conhecido como papagaio nordestino a se tornar o primeiro líder da aves da ilha de Heuchler que era da linha de produção, ou seja, era um trabalhador braçal.
Após ajudar seu amigo como líder ela ganha de presente uma coroa de governo e se torna a primeira maritaca dama-líder de toda ilha substituindo e dando continuidade aos projetos do papagaio nordestino.
O problema de sua mentira começou aí. Primeiro ela diz que a ilha se tornou mais próspera após sua liderança. Que tirou todos os preguiçosos da liderança da ilha e que fortaleceu a maior empresa de tecelagem da ilha. Mas, dizem as más línguas que ela andava distribuindo dinheiro do lucro da empresa com alguns chefões antigos que cobravam propina desde muito tempo.
No final de tudo ela diz que foi injustiçada porque o Ministério Aviário de Investigação a delatou e complicou sua situação diante das outras aves que queriam mudança já!
A Maritaca mentirosa então arrumou um plano para poder continuar como dama-líder, ela disse que iria distribuir bolsa ração para todos e até hoje esperam esta bolsa ração. Já ela envelheceu e foi presa no puleiro de uma casa após fugir de uma revolta das aves que invadiram a casa da dama-líder.

Érick Freire
Pedagogo e escritor
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A gaivota cor-de-rosa. Érick Freire

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Era uma vez uma linda ilha florestal com muitos animais exóticos,
Todos viviam felizes e cada um era responsável por sua parte na cadeia alimentar e pela procriação da espécie.
Haviam gaivotas que de tempos em tempos estavam indo ao mar fazer suas caças, pescavam com precisão lindos e saborosos peixes. Além disso de tempos em tempos elas levavam seus filhotes e os guiavam ao primeiro voo.
Dentre uma nova ninhada de gaivotas nasceu uma diferente das outras, meio rosada, com o bico menor e muito frágil. Após crescer a gaivota rosa não conseguia pescar nada, todas as suas tentativas foram fracassadas, por isso ela criou uma ideia para poder não morrer de fome. Falou que tinha um poder especial e só poderia dividir com os outros se eles a dessem peixes frescos para comer, com o tempo ela se tornou uma líder de um pequeno grupo de gaivotas.
Por ela ter limites começou a pôr nas mentes das outras gaivotas que elas seriam felizes se como ela não se relacionassem com gaivotas macho, que elas poderiam ser felizes se enamorassem uma a outra sem precisar de uma gaivota do sexo oposto.
Com o tempo muitas gaivotas começaram a ver que essa ideia era legal e começaram a fazer o mesmo, inclusive as gaivotas macho.
Aos poucos, naquela ilha, o número de gaivotas foi diminuindo, o cardume dos peixes aumentando ao ponto de o mar ficar infestado deles. As próprias gaivotas foram parando o costume de levar seus pequenos filhotes para aprender o voo, pois o número de natalidade das gaivotas caíra bastante. Elas não conseguiam se reproduzir, mas como não tinham consciência disso, pois eram animais, entraram em ameaça de extinção. Em menos de dez anos se viam poucas gaivotas sobrevoando aquela ilha e muitos peixes pulando no mar. Os peixes eram tantos que muitos “suicidavam-se” na areia por não haver mais nenhum espaço para nadar e viver no mar. Os peixes queriam liberdade, mas muitos deles achavam a morte na praia.

A gaivota rosa e ordinária envelheceu, tornou-se a rainha de todas as gaivotas e seu governo se tornou o desastre e a destruição de todas as gaivotas daquela ilha perdida há muito tempo. E esta foi a primeira e última dinastia das gaivotas cor-de-rosa.

Érick Freire
Pedagogo e escritor
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